6 de fev. de 2008

O EVANGELHO MUSICAL - SEGUNDO ZECA BALEIRO

A estética
o branco
o bonítinho
o arrumadinho
saíram de cena.
Naquela tarde, disse o poeta:
— "O urubu de baixo cagou no de cima".
Zeca Baleíro,
o que vende balas,
o camelô
o desprestigiado
o marginalizado
apareceu
Desbundou
de João do Vale a Ferreira Gular.
Malemolente
Preguiçoso
sonhou Caymmi
beijou Caetano
afundou-se em Gil.
Tocou Zabumba
Matraca
cruzou Reggae
Rap
Rock and Roíl.
puxou o passado
jogou no futuro
- "O meu Boi morreu, que será de mim?'
Pirou
na base da embotada
- "Quero que você me diga
o norne de duas meninas"
__ "Uma se chama Aurelina
e a outra é Ursulina,
que vem lá de Petrolina"
__"... mas quero que você me diga
o nome de sete meninas..."
Partiu
para o ritmo
"Nesse dia Bodocó faltou pouco pra virar
Olelê, Olalá"
Pra seguir Zeca Baleiro,
Nego tem que viajar.

Iracema M. Régis

Um comentário:

Anônimo disse...

Iracema (Lady dos Cordéis)
Não fala...Emite sons gregorianos.
Não anda...Flutua como Miguel o Arcanjo.
Não escreve...Marca com beleza nossa ternura.
Não sonha...É, sim, sonhada pelos sonhadores.
Não morre...Por que como vida, infinita é.
Não é mulher... Pois, o feminino poético é daquilo que compõe sua alma e alimento de vida e cerne.
Não ama... Pois, é a própria femea do amor.
Gratidão Amizade Orgulho & Respeito... Cecél Garcia !!!