A quimera dos vivos
é acreditar na vã ilusão
de que nada irá dificultar
os dias que virão.
Hiberno no inverno
mantendo-me quente
e com o rosto lívido
aguardo que a primavera
seja minha festa.
No outono espero
que recomece o novo ciclo
o caminhar para uma vida nova
uma outra proposta
que deixa perguntas sem respostas
seguindo o passo vacilante
de quem leva uma vida errante.
E os livros que guardo na estante
ocuparam meu tempo com teses absurdas
de que a vida nada ensina
e quem nela apanha
aprende na marra
de que é preciso ter garra
para tomar a pinga amarga
que mostra que o dissabor
também é salutar
tão necessário para nos maturar.
Rafael de Paula.
30 de mar. de 2008
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