10 de mai. de 2008

ETERNAMENTE

O silêncio vago inspira
Um não sei quê na distância...
Música perdida, a lira
Em meio à chamas, a pira,
Perfume suave, fragância.

O vazio é magro, é fundo,
Suavemente indistinto,
É sono leve e profundo,
Asas cansadas, o mundo
Na taça de vinho tinto.

O silêncio, o sono, a vida,
Cristais partidos, o nada.
Um coro de voz comovida,
A ave que voa esquecida,
Em busca da alvorada.

Marcus Di Philippi

Nenhum comentário: