Eu queria fazer uma poesia
que fosse cristalina como o dia
para ser consumida como o pão.
Uma poesia assim:
agridoce como a fruta do mato
pura como a água do regato
melodiosa como uma canção.
Uma poesia assim:
Que trouxesse beleza em cada rima
pará ser cantada no trabalho
para ser batucada na marmita
para ser comentada nas esquinas.
Uma poesia assim:
Comum e popular como a cachaça,
que se bebe barato, que é de graça,
que é do pobre, do rico, do sem nome.
Uma poesia que todos entendessem
como todos entendem a palavra amor
ou a palavra fome.
Castelo Hanssen
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário