31 de dez. de 2008

Por que esse nome deram
Pra algo tão obscuro
Que todo mundo espera
Por isto chamado futuro?

Pra muitos o pedido é comum
Normalmente entrar no rol
Das modelos a desfilar pelo mundo
Ou dos jogadores de futebol

O futuro me reservou uma surpresa
E então me formou poeta
Que como cigano com cartas na mesa
Equilibro na cabeça as palavras em ordem certa

O futuro é algo em que não acredito
E que não existe em mim
Pois ainda que seja um mito
O presente nunca terá fim

Enquanto alguns pedem que o futuro
Venha curto como a espessura de um papel
Peço que pra mim venha como fazer um furo
Lento e passante numa parede de quartel

Vejo nesse inexistente futuro
Um quase inevitável tropeço
Que se quisermos derrubar o invisível muro
Devemos fazer de hoje um inesquecível começo

Marcelino

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