Não há nenhum tesão ver velhinhos morrerem nas "filas"
As crianças do meu país sem leite, sem pão
O desemprego rondando cada lar brasileiro
A reforma agrária um sonho distante
A fuga de cabeças-pensantes pra outras terras
A violência urbana cada vez mais perto do meu quintal
A educação pública nefastamente abandonada
Assim caminha nosso país
Os senhores do poder verdadeiros cafetões do nosso dinheiro público
Gozando com o pau dos outros corneados pela massa
Suas esposas verdadeiras putas de luxo
Suas proles viciadas e mal amadas
Tratando o público como se fosse o privado
A impunidade está estampada na imprensa diária
Cada dia um novo escândalo sangra minha alma
Assim caminha nosso país
O poder religioso ou está de braços dados ou de olhos vendados
Satisfazendo suas taras sexuais
Flagelando seus corpos podres
Dando a bunda para algum proletariado
Históricamente todo país desenvolvido
Passou por uma grande convulsão social
O sonho desta poetisa a minha esperança está na guerra civil
O orgasmo esperado o tesão recolhido o desejo não declarado a poesia que eu nunca fiz
A morte é beijada com carinho
Defendo meus ideais com unhas e versos
A poesia é meu salvo conduto
Assim caminhará um dia o meu país
Paula Abreu
Ouça este poema clicando aqui
1 de set. de 2010
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