11 de jan. de 2011

MANIFESTO DE UM POETA

Escrevo porque o imperialismo ianque continua massacrando os povos no mundo, como no Oriente Médio, assassinando poetas da mesma forma em que os palestinos sofrem ataques por parte de Israel.

Escrevo por acreditar que somente a unidade de todos os poetas daquela região árabes e judeus empenhados em construir outra sociedade sem propriedade privada e sem classes será capaz de destruir o imperialismo.

Escrevo também porque conheço a realidade dos poetas africanos e sei que essa realidade é resultado de um processo histórico de massacre e espoliação capitalista do continente que remonta ao século XV quando do domínio estrangeiro de suas vidas e riquezas levando-os à situação de miséria nos dias atuais. Sei então que a solidariedade dos poetas do mundo deve se posicionar na luta em defesa desses escritores.

Escrevo porque sei da lógica do capitalismo concentrando a riqueza nas mãos de poucos ao passo que a imensa maioria que produz efetivamente essa riqueza é lançada à miséria a exemplo dos poetas asiáticos e tantos outros no mundo.

Escrevo porque sei da atual face do capitalismo e as conseqüências do neoliberalismo e contra este me coloco com todas as minhas forças irmanado com os poetas latinos de momento enfrentam seus governos gerentes avançados dos organismos financeiros internacionais no empenho de sugar todo produto do nosso trabalho aprofundando a exploração e criminalizando as resistências.

Escrevo por não acreditar na democracia burguesa representativa por saber que os poderosos se valem da força para não deixar seus postos que permitem a rapinagem.
Escrevo porque em meu país não se fez ainda a reforma agrária o homem e a mulher do campo pena por não ter terra desde 1500.

Escrevo por ver o governo privilegiar o setor financeiro – os verdadeiros governantes da Nação – Lucros para os grandes capitalistas e repressão aos poetas.
Escrevo porque nossa ferramenta de luta transformou-se em departamento de governo, capacho do imperialismo que acena com reformas no campo dos direitos autorais e que aprofunda ainda mais a difícil situação em que me encontro.

Escrevo por não acreditar na conciliação de classes como alguns outrora bem há pouco tempo combatiam e hoje propagandeiam dando sustentação as quadrilhas que se colocaram no poder em todas as esferas que buscam retirar direitos conquistados com muita luta e sangue. Sei na verdade da guerra de classes disfarçada existente no mundo.

Escrevo por fim por acreditar que só a revolução cultural pode por fim a essa situação, luto então para suplantar o capitalismo e em seu lugar construir uma sociedade alternativa.
Poetas do mundo inteiro, uni-vos!

Saudações Poéticas

Manoel Hélio

São Bernardo do Campo, 27 de outubro de 2010.

2 comentários:

Edson Bueno de Camargo disse...

Este é o verdadeira Manifesto Poetista.

Unknown disse...

Edson Bueno de Camargo,

Obrigado pelo carinho!