Meu amor é como uma nau
Que errante se lança ao mar
Buscando um porto tranqüilo
Sem idéia de onde vai encontrar
Cruzando com monstros mitológicos
E tempestades que vem brincar
Me levando a portos sólidos
Onde outras naus estão a descansar
A correnteza não é amiga
Vem sempre pra me levar
A terras firmes mais obscuras
Com rios estreitos que não deixam navegar
Alguns portos me vêem pirata
Não permitem a mim ancorar
Esperando por outras naus
Que partiram sem prometer voltar
Muitas vezes encontrei portos
Que por sorte ninguém estava a habitar
Mas que mantinham grandes esforços
Evitando qualquer nau de se aproximar
Por fim caí em desgosto
Que mal Poseydon vim lhe causar?
Pra que estivesse tão disposto
Há por tantas perturbações pra me afrontar
Então numa noite de trevas
Baixei as velas e fui me deitar
Esperando que fosse aquela
A última dança que fosse participar
Mas quando acordei tive de sorrir
Ao ver o mar tão límpido onde fui parar
Com águas tão rasas e azuis
Que me afastaram do desejo de naufragar
Então me vi tão risonho
Pra realizar meu sonho só bastava esperar
Pois meu coração largou a nau e
Construiu um porto pra alguém ancorar.
Marcelino
24 de mar. de 2008
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário