27 de mar. de 2008

O Buraco


Um dia, estúpido,
o buraco engoliu o meio da rua,
inimigo declarado da ordem e do progresso,
negativo.
Era grande e mais que intratável,
espinho para dentro da terra.
Lembrava a cova de um Titã,
evocava a queda de um anjo torto.
Órfão espetacular,
parou um país absurdo.
Foi fundo.

Rafael Puertas de Miranda
Poeta - Mogi das Cruzes - SP

www.poesiaemcurso.zip.net

Um comentário:

Anônimo disse...

Obrigado pelo espaço. Sinto-me honrado!
Evoé!