Eu vi um homem sozinho.
Havia amor em seu coração.
Mas ele era como uma ave sem ninho;
Ou um marujo sem embarcação.
Ele era como um vaso sem flor
Na janela de uma casa vazia;
Era como o próprio Sol
Sem luz para o dia.
Ele era como uma obra sem nome,
Era como a noite sem estrelas,
Era um desolado lobisomem
Lamentando a fuga da lua cheia.
O amor desamparado
E a aflição incólume
Geraram um conflito amargo
No íntimo desse pobre homem.
E onde ele estiver
Trairá seu lado alegre,
Como um profeta sem fé,
Ou o discípulo que trai seu mestre.
Seus pensamentos etéreos
Confundem-se com os terrenos.
Ele sabe, mas não é sincero,
Pois lhe falta o feminino complemento.
Sevihan G. Cardinanziel
26 de mar. de 2008
METADE HUMANA
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