26 de abr. de 2008

COMO DE COSTUME

sentamos, como de costume,
à beira de um poço
Sol a pino
em pleno deserto...

Tudo era diferente
O poço
a cacimba,
a pouca água
o sol, as montanhas de areia...
A pouca vegetação
Os olhares vidrados
dos camelos
A desesperança em tudo...

Estávamos em poucos
cansados e nos sentávamos
como de costume
pouca conversa
e várias perguntas,
dentre elas, uma:

Porque só o homem
age de costume
quando tudo é diferente

Ibrahim Ibiza

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