Tolhido no tempo
perdido no espaço
refletindo sobre o descaso
que impera na sociedade.
Tudo está fora de minha mão
e tento sair intacto
do mundo ingrato
que não tem piedade
dos momentos de fragilidade.
Nosso perfeccionismo e autonomia
nos tornam arrogantes
esquecendo de que somos humanos e não gigantes.
E orientamos o mundo
de forma doentia
acreditando de que somos semi-deuses
brincando com fogo
sem medo de se queimar.
O verbo amar se fez ar
nos rodeia com desenvoltura
indo e voltando de forma constante
e na nossa respiração ofegante
inspirando paixão de forma inconstante
acreditando de que nossos(as) amantes
estão por aí e são tão raros
quanto um colar de diamante.
Rafael de Paula.
21 de mai. de 2008
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