14 de mai. de 2008

PARA SEMPRE

Queria te amar muito num pouco do infinito.
Queria te pesar muito num pouco insensato.
Queria te olhar muito num pouco do bonito,
Pois quero um pouco do, há muito, almejado.

Queria te amar muito num pouco indefinido.
Queria te pesar muito num pouco comensurado.
Queria te olhar muito num pouco de libido,
Pois quero um pouco do, há muito, me negado.

É lindo, doce, sutil seus gestos onerosos
Na equivalência plena dos sentidos raros
Em confronto com a bruta forma.

É exato o desenho que meu ser contorna
Na relevância límpida dos contornos claros,
Da ambivalência dos amores faustosos.

Chris Clown Oliveira

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