31 de dez. de 2008

Era um menino
Muito esperto
Sempre de olho aberto
Prevendo tudo que ia acontecer

E esse menino
Tinha um caderno, onde
Escrevia palavras sinceras
Sobre o que queria viver

E esse menino
Um dia viu-se tão perto
E esteve tão certo
Do que queria ter

Ela era uma menina esbelta
Tão rara e perfeita
A ponto de enlouquecer

E essa menina
Era tão desperta
Tinha uma idéia concreta
Do que iria fazer

E o menino
Ficou tão perplexo
E pegou num reflexo
Seu caderno pra escrever

E o menino
Escreveu com encanto
Demonstrando ainda o espanto
Da beleza que acabara de ver

E o menino
Anotou no canto
Aquele que se tornou um dia santo
Uma data pra nunca esquecer

E o menino
Usou a capa do caderno como manto
Pra proteger o tempo quanto
Fosse necessário pra poder dizer

E a menina
Que dava prazer de uma conversa
Estava também submersa
Num amor que a fazia sofrer

E a menina
Passou ao menino
Uma sensação adversa
Que o fez querer esquecer

E o menino
Percebeu graças a um amigo
Que o maior perigo
Seria deixar aquele amor morrer

Então o menino
Pensou consigo e decidiu
Que para aquele poema antigo
Tinha chegado a hora de transparecer

E então quis o destino
Deixar a honra e o dever comigo
De esse poema terminar de escrever
Com Você

Marcelino

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