18 de jul. de 2009

Honduras

Não vou dar uma data, hora ou lugar
Ou dizer se vou por terra, água ou mar
Só te garanto que um dia irei voltar

Pois quem nunca esquece do povo
Jamais será esquecido
Quem morre pra criar algo novo
Para sempre terá vivido

Não há nada que vocês saibam
Que eu não possa confrontar
Tudo que vocês façam
Eu tive prazer de inventar

Pois eu moldei o barro
Dei a imagem e o sopro da vida
Vocês só puxaram o carro
E entraram numa estrada perdida
Agora pensam que sabem o caminho do céu
Mas estão indo pra cidade proibida

Distorcem as palavras que ficaram
Escrevem por aí dizendo que fui Eu
Ainda não aprenderam nada
E se denominam Deus

Quando erram é minha culpa
Na fartura são seus os méritos
Só que ainda precisam vencer a luta
Contra a fatura do cartão de crédito

Vivem crise por falta de dinheiro
Descendentes de um povo que já enfrentou a fome
E insistem no mundo inteiro
Em renegar meu nome

São os donos do pedaço
Os únicos seres pensantes
Se eu imaginasse seu fracasso
Teria destruído tudo antes

O futuro que lhes reservo
É serem eternamente andarilhos errantes
Já estou criando tudo de novo
Com um povo menos ignorante

Marcelino

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