7 de out. de 2009

Sou

Minha vida é uma poesia sem rimas
É uma prosa sem segundo personagem
É um caminho, uma rua sem saída
É um corpo que já não tem mais alma
Pra onde nem os discos voadores vão olhar

Sou um ponto, do ponto de interrogação
Um ponto sem o qual o universo se perde
Mas que pode muito bem existir só em massa

Minha vida é uma voz sem som, sem sentido
É uma língua sem tradução para o inglês
É braço forte sem emprego
É um coração sem amor, sem oxigênio

Sou uma questão infundada
Uma dúvida que paira no ar
Sem ninguém pra pensar
Sou uma pena, sem tinta,
Sem papel, sem idéias

Marcelino

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