4 de jun. de 2010

...Sobre flores...

Dentro aqui, carrego
uma flor, enigma
será má ou benigna
nem sei, a renego.

Como pode assim
uma flor matar
com seu florear
roubar-me de mim?...


Sempre amei flores
de plástico, papel
de chão e de céu
mas essa de dores...


Mudou meu caminho.
Preciso do perfume
que me faça imune
do possível espinho.


Apesar de tudo
ainda é meu coração
um jardim de emoção.
Vivo ou me iludo?!..


Osvaldo Heinze

4 comentários:

Anônimo disse...

Olá, desculpe invadir seu espaço assim sem avisar. Meu nome é Fabrício e cheguei até vc através do Blog do meu chará Fabrício Carpinejar. Bom, tanta ousadia minha é para convidar vc pra seguir meu blog Narroterapia. Sabe como é, né? Quem escreve precisa de outro alguém do outro lado. Além disso, sinceramente gostei do seu comentário e do comentário de outras pessoas. Estou me aprimorando, e com os comentários sinceros posso me nortear melhor. Divulgar não é tb nenhuma heresia, haja vista que no meio literário isso faz diferença na distribuição de um livro. Muitos autores divulgam seu trabalho até na televisão. Escrever é possível, divulgar é preciso! (rs) Dei uma linda no seu texto, vou continuar passando por aqui...rs



Narroterapia:

Uma terapia pra quem gosta de escrever. Assim é a narroterapia. São narrativas de fatos e sentimentos. Palavras sem nome, tímidas, nunca saíram de dentro, sempre morreram na garganta. Palavras com almas de puta que pelo menos enrubescem como as prostitutas de Doistoéviski, certamente um alívio para o pensamento, o mais arisco dos animais.


Espero que vc aceite meu convite e siga meu blog, será um prazer ver seu rosto ali.


Abraços

http://narroterapia.blogspot.com/

Jeferson Cardoso disse...

Ah, essas flores...! Viva apenas.
Belíssimo poema.
Boa semana.
Jefhcardoso do http://jefhcardoso.blogspot.com

Fada do Mar Suave disse...

Beijai-me agora, e muito, e outra vez mais,
Dai-me um de vossos beijos saborosos,
E depois, dai-me um desses amorosos,
E eu pagarei com brasa o que me dais.

Com mais dez beijos longos, langorosos,
E assim, trocando afagos tão gostosos,
Gozemos um do outro, em calma e paz.

Eu viva em vós e vós vivendo em mim.
Deixai que vague, pois, meu pensamento:

Não dá prazer viver bem comportada;
Bem mais feliz me sinto, e contentada,
Quando cometo algum atrevimento.


Louise Labé
1524-1566

Passando e colhendo a magia e os mistérios deste espaço iluminado.
Amei e me emocionei com sua poesia Heinze. Parabéns!
Com carinho da Fada do Mar Suave.

Ederson Rocha disse...

Heinze, meu amigo Heinze... Ao descer a barra vindo na leitura me deparei com este poema, e sem dúvida antes de terminar logo conclui que era seu, parabéns por este seu estilo de descrever tão bem as flores.

Abraço