Ainda ontem,
quando seguíamos juntos
perdidos diante do horizonte perplexo,
Me havias perguntado
se o sentimento que a ti
devoto contém a essência do amor.
Bem, não sei ao certo...
como seria possível,
definir um sentimento?
Como seria possível restringi-lo?
Dotá-lo de uma qualificação?
Não sei!...
Como seria possível amar a ti?
Não seria isso acaso
simplificar o amor
E resumir-te
a um sentimento?
Não seria isto, talvez,
definir-te quando o
que sinto transcende
todas as possibilidade
de fazê-lo?
Concluo assim
que não te amo!
Amo-te mais que o amor
portanto não te amo...
E nunca amarei...
E o amor que tange este corpo
desgastado pelos anos
é mais que amor...
É a doce veneração de todos
os sentimentos...
Devoto-me a este amor
mais que ele a si próprio
Então também não amo.
Mas digo-te sinceramnete
busco aprendê-lo...
Quem sabe num dia desses
Quando o horizonte
nos convidar novamente
para com ele
nos avistarmos
possa eu responder-te
Marcus Di Philippi
7 de fev. de 2008
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