7 de fev. de 2008

A CIDADE

Chuva, carros
silêncio,
nuvens carregadas,
gosto azedo do
dia anterior,
rostos em pânico...
Uma desordem
desconhecida e
calada...

Amiúde me vejo
no espelho,
como uma cidade,
onde os homens
caminham taciturnos
e infelizes,
buscando
sair de um peso
desconhecido...

Da janela me espreita,
em uma coreografia
arritimada,
um rosto que desenha
palavras
sem sentido...

Ele, de certo,
busca a mim
e eu não busco nada...

A cidade

Que dirão quando souberem
Que tudo foi uma mentira.

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