8 de abr. de 2008

Delírio Noturno

Quem poderia imaginar
Que logo meu céu azul pálido se mancharia de tristeza cinza?
Que meu mundo com cheirinho de morango fosse ficar com cheiro de morte?
Teu cheiro.

Mesmo nos sonhos mais surrealistas não me escapam as tuas expressões
Nem os devaneios mais doces ficam sem tua face e feições
Nem a música dos delírios noturnos me vem sem tua voz...
Porque mesmo no limiar do real e do imaginário você grita por mim
E me puxa, pra ir embora quando minha mão se estende.

E imploro pra sair dessa divagação tão perturbadora quando prazerosa;
Sinto tudo a minha volta
Injeção de sensações...
E as frutas frescas se transformam em hálito quente
E o lago inquieto são teus olhos de ressaca,
Me arrepia toca – los;
Bem como ao mármore gelado de tua pele
Ou a maçã doce da sua boca.

E por mais eu lute, nada pode me tirar desse estranho mundo
Onde tudo é você
Onde você é tudo...

E os cabelos de chantilly cheios de açúcar
Pele pouco salpicada de canela;
Vejo tuas veias nos rios
Onde leves ramos de cipós me empurram
Como teus braços
E me fazem afogar no sangue tão doce quanto a vida.

Meu coração acelera
Tudo me desespera
Quero atravessar essa barreira transcendental
Voltar pra realidade.
Mas minha alma fugiu
Está louca e fora de si nesse ambiente tão curioso.

Acordo sufocada
Coração descompassado
Respiração agitada.
Meu corpo está quente;
Comecei a suar
Febre dos delírios noturnos.
Mente confusa.
Bebo um pouco de água,
E volto pra cama,
Anseio por dormir de novo...


Fazendo minha estréia como colaboradora do blog. ^^

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