24 de abr. de 2008

O ENIGMA

As laudas mais insignes não puderam me orientar
Nas linhas difíceis do conhecimento da pedra angular;
O alicerce de tudo que transcende o pensamento,
Fundação de Novo Mundo, núcleo dos sentimentos.
Como você não pode perceber
Que esse imenso poder
Não era seu brinquedo!
Seus infantis desejos criaram inúmeros perigos,
Como a criança que brinca com uma chama
Num depósito de fogos de artifícios.
Minha atração por uma inocência estranha
Veio a ser a ganância nociva,
A anulação de toda prudência.
O que sobrou da explosão tremenda?
Duas formas inteiramente abrasivas
De acesas carências.
Tantas pessoas tocaram o meu coração
E bombearam nada além do que paradigmas.
Somente você fez valer sua distinção
Gravando dentro de mim sua marca ímpar.
Seu mistério tem tirado o meu sono
Em cada lágrima que cai na noite profunda,
Em cada insone sonho
De uma melancolia que me inunda.
A sua maldade é tão pueril,
A malícia de quem é infantil
Em trejeitos tão pervertidos.
Tem o segredo de ninfa da morte,
O enigma que atrai miseráveis e pobres
Ao amor mais enganador e mortífero.

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