Queria correr,
Fugir dos meus sentimentos,
E me esconder,
Desse maldito momento,
E das lembranças passadas
Que ele me trouxe.
Queria dormir,
Pelo menos dez anos.
Ter um novo amanhã,
Que não sucedesse
Ao dia de hoje.
Estou travando uma guerra
Contra tudo o que eu era,
Por tentar conservar
O que me restou.
Fugir do filme de horror
Que teima a se reprisar,
Na minha frente,
Dentro da minha mente,
A cada grito,
A cada passo
Bate forte o marca-passa.
A té quando vai bater?
Os fragmentos estão todos no chão
Cada caquinho tem a sua importância
Pra tentar definir,
Aquilo que me restou.
Será que há esperança?
Nâo quero a velha ilusão de ser super-homem.
Não, por favor, quero apenas ser eu.
Mas quero que seja meu,
Tudo oque eu,
Pretendo conquistar:
-A chance de um dia
Ter um pouco de paz.
Meu Deus até quando travarei essa guerra?
Será que algum dia haverá uma trega?
MARCOS ROBERTO MOREIRA
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2 comentários:
Gostei, só precisa rever as vírgulas pois está uma leitura agradável, mas a vírgula prende um pouco, acho que devia tirar o travessão e os dois pontos, no mais está muito bom.
Abraço.
Oh, cara. Claro que você vai catar esses pedacinhos todos de você. Porque você é poeta, muito mais do que super-homem. A sua guerra, essa guerra boa, é eterna e não se pode viver sem ela.
Parabéns!
Castelo Hanssen
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