24 de dez. de 2008

Lírios ao meu poeta

Mando-lhe lírios
Meu poeta
Por que as rosas são tímidas
E de tão vermelhas se esconderam
Creio eu que, a flor em meu jardim, tem nome.
Mas o que seria um nome?
A rosa se não se chamasse rosa, perderia seu perfume?
Dê-me então outro nome, e guardarei pra ti as flores que virão
Na próxima estação de meu ser, inovado, virgem, e maduro.
Preciso-te meu poeta...
Para ser muito mais que apenas uma folha, que apenas um grão, que apenas letras
Aquelas soltas nos jornais
Ou as soltas nas vozes roucas e serias
Transformei-me em flor, para ser um pouco dentre seus dedos
Provar der um calor inigualável
Que há nas mãos destes seres celestiais
Meu poeta
Fiz um sol lindo, desenhei uma lua cheia
Enfeitei-me de luz
E te quis muito
Sussurrei seu nome
Tirei minhas vestes sem culpa
Agora ouço calada sua voz em meus pensamentos
Pois sou o lírio que tu vens agora cheirar...

Rosefly

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